O tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi preso nesta sexta-feira (13), em Brasília, no âmbito das investigações da Polícia Federal (PF) sobre uma suposta tentativa de fuga relacionada às apurações do plano golpista após as eleições de 2022.
Horas antes, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado também foi detido em Recife (PE), sob suspeita de tentar ajudar Cid a deixar o país. Segundo a PF e a Procuradoria-Geral da República (PGR), há indícios de que Machado intermediou uma tentativa de emissão de passaporte português para Cid em maio de 2025, através do Consulado de Portugal.
As investigações apontam que Mauro Cid buscava alternativas para conseguir a cidadania portuguesa desde janeiro de 2023. Em sua defesa, Cid confirmou o pedido de cidadania, alegando que foi feito legalmente e motivado pelo fato de sua esposa e filhas já possuírem o documento. Ele nega qualquer conhecimento sobre a tentativa de ajuda por parte de Gilson Machado.
Ambos os detidos são alvos de um processo da PGR que investiga uma suposta articulação para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, incluindo ações que teriam como objetivo manter Bolsonaro no poder após sua derrota nas urnas.
A prisão de Mauro Cid, que já vinha colaborando com a Justiça em outros inquéritos — como os que envolvem o uso de cartão de vacinação falso e a venda de joias da Presidência — marca uma nova fase da investigação sobre o núcleo mais próximo do ex-presidente Bolsonaro.
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