sábado, 9 de julho de 2022

Wenceslau Júnior propõe estratégias em defesa dos direitos indígenas

 Wenceslau Júnior Propõe Estratégias Em Defesa Dos Direitos Indígenas


Com o objetivo de garantir o que bem determina o artigo 231, da Constituição Brasileira, que são reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens, que o pré-candidato a deputado federal (PCdoB), Wenceslau Júnior, acompanhado do pré-candidato a deputado estadual (PCdoB), Cacique Aruã Pataxó, esteve durante toda a semana participando de encontros em aldeias indígenas na Região Extremo Sul da Bahia.

As reuniões tiveram como pauta principal, o compromisso com a Demarcação das Terras Indígenas e contra o Marco Temporal. “Os povos indígenas estão resistindo para existir. Apoiar a luta desses povos é lutar pela vida e pela preservação do Meio Ambiente. Se deve existir um marco temporal para demarcação, ele deve ter como referência o ano de 1.500, ano da invasão portuguesa, pois se escavarmos nossas terras encontraremos os restos mortais dos ancestrais dos povos originários”, declarou Wenceslau Júnior, que de segunda a quinta-feira visitou as aldeias Craveiro, Águas Belas e Corumbalzinho, em Prado, Boca da Mata, em Porto Seguro e Coroa Vermelha, em Cabrália.

Wenceslau Júnior e o cacique Aruã Pataxó também conversaram com caciques, cacicas e lideranças de várias outras aldeias localizadas nos municípios do Prado, Alcobaça, Porto Seguro, Cabrália, Eunápolis, Itapebí e Belmonte sobre o momento político atual, a luta e formação de alianças para a demarcação e regularização fundiária dos territórios indígenas, a inserção do índio na política, as reivindicações de melhorias para as comunidades indígenas – como ampliação de salas de aula, atendimento médico, sinal de telefonia, além da defesa e garantia dos direitos indígenas. “As lutas indígenas são resultados da negligência do Governo Federal, que cria barreiras para dificultar o reconhecimento da identidade de povos indígenas e o acesso a políticas públicas. Precisamos mudar esse cenário com representantes no Congresso Nacional compromissados em defender os interesses e direitos dos povos originários”, assegurou Wenceslau Júnior, enfatizando que, é preciso estimular a criação de programa específico de atividades produtivas nas comunidades indígenas, para a geração de renda familiar, segurança alimentar e nutricional.

O cacique Aruã Pataxó, que também é presidente da Federação Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia observou que, Wenceslau Júnior é um indigenista, que possui uma relação histórica com a luta dos Tupinambás em Ilhéus. “Há cerca de dez anos, ele tem articulado e apoiado várias ações e projetos para as comunidades indígenas no Extremo Sul”, lembrou, contando que, nos encontros, eles pisaram juntos no solo sagrado das aldeias, compartilhando as dificuldades na demarcação dos territórios indígenas, educação básica e superior, saúde e transtornos nos meios de comunicação e para se chegar às cidades mais próximas em busca de atenção básica.

Para Aruã Pataxó, “só será possível avançar e direcionar políticas públicas para melhorar a vida nas comunidades indígenas, com uma representação na Câmara dos Deputados, de quem realmente conhece o nosso solo, as aldeias e a realidade de nossos povos e comunidades desenvolvendo projetos comunitário e político institucional de nos dêem qualidade de vida”.

A região que conta com cerca de 50 comunidades indígenas estiveram representadas nos encontros, todas mobilizadas em prol da conquista de direitos básicos para viver. Entre os presentes estavam Juremar de Oliveira e Kahú Pataxó, dirigentes estadual do PCdoB-BA, Samehy Pataxó, presidenta da Associação de Mulheres Indígenas do Extremo Sul da Bahia, Luiz Pataxó, secretário estadual da juventude do MUPOIBA, Kamayrá Pataxó, presidente interino da FINPAT, o cacique Zeca Pataxó, coordenador estadual do MIBA, Paulo Borracha, presidente da Associação Comunitária Bom Jesus, os caciques Juvenal, Nem, Roni, Atxuab Pataxó e Báia.

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