terça-feira, 9 de abril de 2019

Escolha para o MEC fortalece Onyx


Chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni
A indicação de Abraham Weintraub para substituir Ricardo Vélez Rodríguez no Ministério da Educação foi a “solução caseira” encontrada pela equipe do presidente Jair Bolsonaro para resolver uma disputa interna e fortalece o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Secretário executivo da Casa Civil, Weintraub não havia sido lembrado até então para ocupar a cadeira com mais polêmicas no governo, mas foi a saída de última hora, na tentativa de evitar mais problemas. Em dois encontros de auxiliares com Bolsonaro, no fim de semana, a meta era achar um perfil de ministro que também ajudasse na articulação da reforma da Previdência no Congresso. Conselheiros do presidente sugeriam um político para o cargo. Nesse arranjo, a secretaria executiva do MEC ficaria sob a responsabilidade de alguém com mais capacidade de gestão. Uma das possibilidades aventadas era fazer uma dobradinha entre o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) e Ivan Camargo, ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB). Outro nome mencionado era o do deputado João Roma (PRB-BA). Havia, porém, outros citados, como os generais Oswaldo Ferreira e Alessio Ribeiro Souto. Bolsonaro parecia mais inclinado por Camargo. A surpresa veio mais tarde, quando ele anunciou a decisão de entregar a pasta, mais uma vez, para aliados do escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo. Passaram a ser cotados para ministro, então, o secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, e o ex-secretário executivo adjunto Eduardo Melo. Diante desse quadro, Onyx sugeriu Weintraub. Era, na definição do chefe da Casa Civil, a saída ideal: um técnico ligado a Olavo, mas que também tinha a confiança do Planalto. O Estado apurou que já é dada como certa a retirada dos militares do MEC.
Estadão

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