quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Justiça exclui pastores do processo do caso Lucas Terra


A Justiça de Salvador decidiu que os dois pastores da Igreja Universal que ainda respondiam por envolvimento com a morte do adolescente Lucas Terra não podem ser julgados. De acordo com a juíza Gelzi Maria Almeida Souza, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Salvador, Fernando Aparecido e Joel Miranda não têm provas contra si que justifiquem julgamento por estuprarem e queimarem vivos o garoto dentro de uma unidade da Igreja Universal.
 
Lucas Terra foi atacado na unidade do Rio Vermelho em 2001 e, até o momento, apenas o pastor Silvio Galiza foi condenado pelo crime. A acusação à Justiça, enviada pelo Ministério Público Estadual, teve como base uma confissão do condenado, que listou Aparecido e Miranda como cúmplices das agressões.
 
Entretanto, no entendimento da magistrada, as acusações são apenas fruto de depoimentos que caem em contradição com frequência, apresentam fragilidade e não encontram pano de fundo nas provas criminais já recolhidas por perícia no local do crime. “Neste momento processual, analiso tão somente a inexistência de indícios suficientes de autoria que possibilitem a admissibilidade da acusação que possibilitaria o julgamento do feito pelo Tribunal do Júri”, justificou.
 
A juíza, por outro lado, deixou aberta a possibilidade de que nova denuncia possa ser formulada, mas para isto condicionou que é preciso que surja uma nova prova do fato. O pai de Lucas Terra, Carlos Terra, acampa periodicamente em frente ao Fórum Ruy Barbosa em busca de respostas da Justiça para o caso de seu filho. Ele ainda não se pronunciou sobre o novo movimento do caso.

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