Agentes, escrivães e
papiloscopistas da Polícia Federal começaram nessa segunda-feira (19)
paralisações em todo o país por aumento salarial e melhores condições de
trabalho.
Para esta terça (20),
a previsão é que os policiais parem em sete Estados, entre eles São Paulo. A
paralisação deve se estender até o fim do mês.
Por ora, a emissão de
passaportes não deve ficar comprometida uma vez que os policiais do setor
administrativo não aderiram à greve.
Policiais federais
dizem que greve não vai afetar entrega de passaportes
"A greve não é
uniforme. Cada sindicato define quando e por quanto tempo vão parar",
explicou Jones Leal, presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais
Federais).
Os policiais não
aceitaram a proposta do governo de reajuste de 15,8% escalonado até 2015,
acertado com outras categorias no ano passado. Também não gostaram da proposta
de lei para especificar atribuições, como cargos de chefia hoje exclusivo de
delegados.
Pesquisa feita pela
Fanapef, que organiza a paralisação, aponta que apenas 13,5% dos policiais
entrevistados estão satisfeitos com o trabalho.
Para Leal, os
policiais federais representam uma das categorias que tiveram,
proporcionalmente, menor reajuste salarial nos últimos anos. O salário inicial
de um agente ou escrivão é de R$ 7.514. Para o presidente da Federação, o ideal
seria que a remuneração da categoria, que conta com cerca de 12 mil
profissionais, variasse entre R$ 11 mil a R$ 16 mil.
"Mas essa não é
uma questão financeira para o governo, é política", afirma Leal,
explicando que o governo teme ceder para a PF e ter que reabrir negociação
salarial com outras categorias.

Nenhum comentário:
Postar um comentário