terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Yago é executado com mais de 70 tiros na cabeça em Salvador; jovem foi arrancado à força de festa de paredão

 

Foto: Haeckel Dias/Polícia Civil

A manhã desta segunda-feira (1º) começou marcada pelo medo e pela brutalidade no bairro de Santa Cruz, em Salvador. O jovem Yago Vinícius de Souza Santana, de apenas 18 anos, foi executado com extrema violência, em um ataque que chocou moradores, interrompeu o trânsito na Rua 11 de Novembro e expôs mais uma vez o poderio das facções criminosas na capital baiana.

De acordo com as primeiras informações da polícia, Yago foi arrancado à força de uma festa do tipo paredão por integrantes do Comando Vermelho (CV). Minutos depois, o jovem foi atingido por mais de 70 disparos, a maioria na cabeça — uma execução típica de “Tribunal do Crime”, usada por facções para impor regras e punições.

O corpo foi abandonado em plena via pública, como um recado silencioso, porém aterrorizante, para toda a comunidade. Moradores relatam que ninguém teve coragem de se aproximar. “Foi muita crueldade. A gente ouviu muitos tiros, parecia uma guerra”, contou uma moradora, que pediu para não ser identificada.

Informações preliminares apontam que o crime pode ter relação com um suposto envolvimento de Yago com um grupo rival ao CV. No entanto, a verdadeira motivação ainda está sendo investigada.

Em nota enviada ao BNews, a Polícia Militar informou que foi acionada pelo CICOM nas primeiras horas da manhã. Ao chegar ao local, a guarnição encontrou o jovem já sem vida. A área foi isolada até a chegada do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo caso.

A Polícia Civil afirmou que diligências estão em andamento para identificar os responsáveis e confirmar a motivação da execução. Até o momento, ninguém foi preso.

O crime reacende a discussão sobre a escalada da violência armada em Salvador e o domínio de facções em bairros periféricos, onde vidas de jovens seguem sendo ceifadas com requintes de crueldade, quase sempre sob silêncio imposto pelo medo. (BNews)

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