
O governo dos Estados Unidos removeu o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, da lista de sancionados da Lei Magnitsky, mecanismo utilizado pelos EUA para punir estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção. A decisão foi confirmada nesta sexta-feira, mas as razões oficiais para a retirada não foram divulgadas.
Moraes havia sido incluído na lista em julho deste ano, em meio às repercussões internacionais do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado e preso por tentativa de golpe de Estado. Viviane Barci de Moraes entrou no rol de sanções em 22 de setembro.
Segundo apuração da coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, diplomatas do Itamaraty afirmam que a atuação de Moraes em favor do avanço do PL da dosimetria, aliado ao recuo do governo brasileiro na pressão por regras internacionais mais rígidas para as big techs, teria contribuído para uma reavaliação da Casa Branca.
A revogação das punições é interpretada pelo Ministério das Relações Exteriores como um gesto dos EUA para restabelecer a confiança e reduzir tensões diplomáticas. Ainda conforme a coluna, outras sanções contra autoridades brasileiras — incluindo restrições de visto a ministros — podem ser suspensas até janeiro.
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