quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Lula abre espaço para diálogo com Trump: “Se tornou possível”

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiu positivamente ao aceno de Donald Trump na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), e afirmou, nesta quarta-feira, 24, que deve conversar com o chefe de Estado americano nos próximos dias. A margem para diálogo foi colocada em pauta durante coletiva de imprensa para balanço da participação do Brasil na reunião.

Lula reforçou a linha usada nos seu discurso, na terça, 23, e disse ter usado o momento para tratar de temas considerados essenciais. Ao responder sobre a fala de Trump, que declarou ter sentido uma ‘química’ com o brasileiro, o petista pontuou que Brasil e Estados Unidos possuem interesses em comum, o que pode facilitar o entendimento entre eles.

“Eu tive uma outra satisfação de ter um encontro com o presidente Trump. O que parecia impossível se tornou possível, e fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química entre nós. Como eu acho que a relação humana é 80% química, é muito importante essa relação. Eu torço para que dê certo, são as duas maiores democracias do continente. Temos muitos interesses no debate sobre a questão digital, interesse na questão comercial”, iniciou Lula, que continuou.

“Se somos as duas maiores democracias, não há porque que Brasil e Estados Unidos viverem em conflito. Temos muito o que conversar, muita coisa para discutir a necessidade de garantir a paz do planeta Terra. Quem sabe dentro de alguns dias a gente possa se encontrar e fazer uma pauta positiva. É isso que eu quero e é isso que ele deve querer também. A coisa que eu mais respeito é o chefe de Estado, não quero saber se idelogicamente ele gosta ou não de mim”, completou o presidente brasileiro, que também confirmou ter convidado o americano para participar da COP30 em Belém.

Retaliações
O Brasil tem sido alvo de retaliações econômicas por parte dos Estados Unidos nos últimos meses. Como justificativa, Trump tem acusado o Judiciário brasileiro de perseguir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa de golpe de Estado.

Entre os prejudicados pelas medidas, está o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo da Lei Magnitsky.

A Tarde

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