
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve comparecer à abertura do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a trama golpista, marcada para esta terça-feira (2). Segundo seus advogados, ele não está em condições de saúde adequadas para estar presente.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto e só deixou a residência no último dia 16, para realizar exames médicos. O boletim divulgado naquela ocasião informou que ele segue em tratamento contra hipertensão arterial e refluxo, além de adotar medidas preventivas contra broncoaspiração. Crises frequentes de soluço, que em alguns momentos resultam em vômitos, têm agravado seu quadro clínico.
Aliados afirmam que o ex-presidente também enfrenta fragilidade psicológica. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) esteve com ele nesta segunda-feira (1º) e relatou que Bolsonaro estava sereno, mas soluçando constantemente. “Acho que não é viável [a ida dele ao julgamento]. Mas vamos ver, ele está fazendo o que os advogados estão mandando”, disse.
Nos bastidores, Bolsonaro chegou a manifestar interesse em comparecer presencialmente a algumas sessões do julgamento, especialmente na abertura e no encerramento, como forma de demonstrar força política diante dos ministros. No entanto, pessoas próximas já apontavam que a saúde poderia ser um impeditivo.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, declarou recentemente que o estado clínico de Bolsonaro está diretamente relacionado à prisão domiciliar: “Se estivesse livre, ele sarava na hora. O estado moral dele é por causa disso.”
O STF prevê que o julgamento se estenda até o dia 12 de setembro. Assim como os demais réus, Bolsonaro pode pedir autorização ao ministro relator Alexandre de Moraes para comparecer à Corte, como prevê o Código de Processo Penal.
Voz da Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário