A Revista Veja publicou uma análise sobre o cenário político baiano, destacando a disputa entre os dois principais nomes que devem concorrer ao governo do estado. Em outubro de 2006, contrariando as pesquisas da época — que indicavam larga vantagem ao então governador Paulo Souto (PFL) —, Jaques Wagner (PT) venceu ainda no primeiro turno, impondo uma derrota histórica ao carlismo, movimento político liderado por Antônio Carlos Magalhães (ACM), que dominou a Bahia por mais de três décadas.
A vitória de Wagner inaugurou uma nova hegemonia: a petista, que já soma cinco mandatos consecutivos, tornando-se a mais longa permanência de um partido no comando de um estado atualmente no país. Sob essa liderança, a Bahia se consolidou como um dos principais redutos do PT — em 2022, Lula obteve 72% dos votos no segundo turno contra Jair Bolsonaro.
Passadas quase duas décadas, porém, o domínio petista começa a dar sinais de desgaste. A pouco mais de um ano das eleições, a supremacia do partido é ameaçada justamente pelo herdeiro político do carlismo, ACM Neto (União Brasil), que lidera as primeiras movimentações da pré-campanha e aparece à frente nas sondagens internas.
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