
Parte da comitiva de senadores brasileiros chegou neste sábado (25) aos Estados Unidos com a missão de buscar apoio político e empresarial para conter o tarifaço anunciado pelo presidente Donald Trump, que impõe uma taxa de 50% aos produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.
Sem conseguir diálogo direto com a Casa Branca até o momento, os parlamentares pretendem pressionar autoridades americanas por meio de reuniões com congressistas, empresários e representantes da sociedade civil. O grupo é formado por oito senadores de diferentes partidos, como PT, PP, PL, PSD, MDB e Podemos.
“O objetivo é mostrar o impacto negativo da medida nas economias dos dois países e reforçar que a soberania brasileira não está em negociação”, afirmou o senador Rogério Carvalho (PT). Já Nelsinho Trad (PSD) destacou que muitos congressistas americanos representam estados que mantêm relações comerciais diretas com o Brasil e também seriam prejudicados.
Sem contato com a Casa Branca
Donald Trump não está nos EUA — ele viajou oficialmente para a Escócia — e até agora não há previsão de que a comitiva brasileira seja recebida por representantes da Casa Branca.
Senadores presentes na missão:
Nelsinho Trad (PSD-MS)
Tereza Cristina (PP-MS)
Jaques Wagner (PT-BA)
Marcos Pontes (PL-SP)
Rogério Carvalho (PT-SE)
Carlos Viana (Podemos-MG)
Fernando Farias (MDB-AL)
Esperidião Amin (PP-SC)
Tarifaço
A nova taxação faz parte de uma ofensiva comercial dos EUA contra 26 países e a União Europeia. A tarifa imposta ao Brasil é a mais alta de todas. Segundo o governo norte-americano, a medida estaria ligada ao processo judicial em curso no STF contra Jair Bolsonaro, por tentativa de golpe.
Trump, que já declarou apoio ao ex-presidente brasileiro, foi acusado por senadores democratas de tentar usar sua posição para influenciar decisões do Judiciário brasileiro, caracterizando possível abuso de poder.
O presidente Lula, por sua vez, afirmou que o vice-presidente Geraldo Alckmin tenta estabelecer um canal de negociação com o governo dos EUA, mas que a Casa Branca tem se mostrado “inacessível” até o momento.
Fonte: Voz da Bahia
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