Na noite desta segunda-feira (17), o ex-policial militar Paulo Cesar Alves Figueira, conhecido como Paulo Escopeta, foi morto em um confronto com a polícia na cidade de Jacobina, na Bahia. Natural de Irecê, Paulo Escopeta era considerado um indivíduo de alta periculosidade e já havia sido destacado como a 'Dama de Ouro' no Baralho do Crime da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).
Segundo informações da polícia, Paulo Escopeta era o principal suspeito do latrocínio do empresário ireceense conhecido como "Dudu", ocorrido em 20 de janeiro de 2025, em uma estrada vicinal no município de Morro do Chapéu. O crime, que resultou na morte do empresário e na subtração de seus pertences, teria sido motivado por extorsão, com "Dudu" sendo atraído ao local do crime por Paulo Escopeta.
Reconhecido como um dos maiores assaltantes de bancos do Brasil, Paulo Escopeta participou de mais de 10 assaltos a agências bancárias e era membro do grupo criminoso liderado por Zé de Lessa. Ele foi preso na região de fronteira em 2017 e permaneceu encarcerado até outubro de 2024, quando foi colocado em liberdade domiciliar.
Após o crime contra "Dudu", a Coordenadoria Regional de Irecê iniciou as investigações, resultando na expedição de um mandado de prisão preventiva contra Paulo Escopeta. Em 17 de fevereiro de 2025, equipes da Polícia Civil da Bahia, com apoio do CATTI/Chapada e da SI da Coordenadoria, deslocaram-se até Jacobina para cumprir a ordem judicial.
Durante a abordagem, Paulo Escopeta reagiu e disparou contra os policiais, que revidaram. Ele foi atingido e, ao seu lado, foi encontrado um revólver calibre .38, contendo duas munições deflagradas e quatro intactas. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e o Corpo de Bombeiros foram acionados, mas ele não sobreviveu aos ferimentos.
As investigações revelaram que Paulo Escopeta estava em Jacobina a serviço do grupo criminoso. Após sua morte, as autoridades realizaram buscas em sua residência, onde foram apreendidos outro revólver calibre .38, várias munições, uma balaclava e porções de maconha. Todo o material foi encaminhado à Delegacia de Polícia.
As autoridades expediram guias periciais para o local do confronto e documentos médico-legais, além de colher depoimentos dos policiais envolvidos na operação. Um inquérito policial foi instaurado para apurar todos os detalhes da ocorrência.
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