terça-feira, 17 de setembro de 2024

PF abre inquérito para investigar fogo no Parque Nacional de Brasília

 

A Polícia Federal (PF) vai investigar em um inquérito a origem do incêndio de grandes proporções no Parque Nacional de Brasília. As chamas atingiram a reserva ambiental e cobriram o Distrito Federal com fumaça entre a noite de domingo (15/9) e a manhã de segunda-feira (16/9).

Na avaliação do coordenador de manejo integrado do fogo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), João Morita, o incêndio foi possivelmente causado por ação criminosa e começou próximo à Granja do Torto, na área da Companhia Ambiental de Saneamento do DF (Caesb).

“A suspeita é que foi um incêndio criminoso mesmo. Alguém colocou de forma proposital”, afirmou o gestor público. As chamas atingiram a reserva ambiental de forma agressiva. “O incêndio teve uma propagação muito rápida, muito violenta, muito intensa”, afirmou Morita.

O Brasília Ambiental (Ibram) compartilha da mesma suspeita. “O que está causando esse cenário são os incêndios criminosos, que ocorreram no dia de ontem na nossa capital”, comentou a instituição em nota enviada ao Metrópoles.

Tomado por fumaça e névoa seca, o DF amargou graves níveis de poluição. Segundo plataformas de monitoramento, a qualidade do ar chegou a patamares “perigosos” e péssimos”.

O incêndio de grandes proporções que destrói a vegetação e ameaça a fauna do Parque Nacional de Brasília provocou densa coluna de fumaça que, durante o domingo (15/9) e a manhã desta segunda-feira (16/9).

A fumaça alcançou uma área extensa, o que contribuiu para a diminuição da qualidade do ar na capital do país. Nesta manhã, o site de monitoramento desse cenário em tempo real da empresa suíça IQAir apontava o cenário no Distrito Federal como moderado, devido à concentração de micropartículas na atmosfera.

Ainda segundo o IQAir, a concentração de poluentes prejudiciais é cinco vezes maior do que o valor de referência anual para a qualidade do ar definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A exposição às partículas finas presente no ar pode causar, inclusive, consequências a curto e a longo prazo em caso de inalação.

Outro site de acompanhamento da situação da qualidade do ar, o AQICN.org revela que a situação do ar, às 8h30, chega aos níveis de “não saudável para grupos sensíveis” e “perigoso”, nível com possibilidade de gerar efeitos mais graves para a saúde de toda a população.

Metropoles

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