Assim como em anos anteriores, o estado da Bahia fechou 2023 como o líder nacional na produção da caprinocultura e da ovinocultura. Os maiores rebanhos brasileiros de bodes, cabras e cabritos (caprinos) e ovelhas, carneiros e borregos (ovinos) estão na Bahia.
Foi o que revelou a Pesquisa da Pecuária Municipal 2023, divulgada nesta quinta-feira (19) pelo IBGE. A pesquisa investiga, anualmente, informações sobre os principais efetivos de rebanhos das espécies animais criadas no Brasil, além de informações sobre o valor da produção durante o ano de referência.
Segundo o IBGE, a cidade baiana de Casa Nova, localizada na região do semiárido nordestino, segue como um dos principais símbolos da caprinocultura e da ovinocultura no Brasil. Dos 12,9 milhões de cabeças de caprinos do país, 725 mil estão no município baiano. Já em relação aos ovinos, em meio ao rebanho total de 21,7 milhões de ovelhas e carneiros, Casa Nova lidera a produção nacional com 658 mil animais.
O efetivo de caprinos no Brasil aumentou 4% no ano de 2023 em relação ao ano anterior, enquanto o número de ovinos aumentou 1,3%. Os dois valores são recordes históricos da pesquisa do IBGE. A região Nordeste foi a principal responsável por este aumento, já que possui 96% do total de caprinos e 71,2% dos ovinos do país.
A Bahia é o destaque nacional nesta produção, como primeiro estado em ambas as criações, sendo que 30,7% do rebanho caprino e 23% do rebanho ovino de todos o país são baianos. Além de Casa Nova, se destacam na produção de caprinos os municípios de Juazeiro e Curaçá. Já em relação aos ovinos, Juazeiro e Remanso estão logo atrás de Casa Nova no ranking do tamanho do rebanho.
A pesquisa do IBGE mostrou ainda que o valor dos principais produtos da pecuária cresceu 5,4% em 2023 e atingiu R$ 122,4 bilhões. Os produtos de origem animal atingiram R$ 112,3 bilhões, alta de 4,5% em relação a 2022, e os itens da aquicultura foram responsáveis por R$ 10,2 bilhões, aumento de 16,6%.
O efetivo bovino no Brasil chegou a 238,6 milhões de cabeças em 2023, o maior da série histórica iniciada em 1974. Apesar da marca representar crescimento do rebanho, o acréscimo de 1,6% em relação ao ano anterior foi o menor aumento percentual observado nos últimos três anos pelo IBGE, mostrando a tendência de desaceleração no setor e inversão de ciclo pecuário.
A pesquisa mostra ainda que a Bahia também vem se destacando na produção de mel. No ano de 2023, a região Nordeste teve um aumento de 4,1% na produção em relação ao ano anterior, e passou a ser responsável por 39,9% do total nacional. A Bahia é o terceiro maior produtor do país, concentrando 7,4% do mel produzido, só perdendo para Piauí (13,8%) e Ceará (8,9%).
Em relação à produção nacional de mel, a pesquisa do IBGE revelou que houve um crescimento geral de 2,7% em 2023, totalizando 64,2 milhões de quilos, o mais alto valor já registrado na série histórica. Este setor desde 2016 apresenta crescimentos consecutivos e, a partir de 2018, a cada ano, vem alcançando recordes na estimativa. (Bahia Notícias)
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