quinta-feira, 9 de maio de 2024

Criança indígena venezuelana morre com sinais de desnutrição em abrigo de Itabuna

 

Uma criança indígena venezuelana, de dois anos, morreu em Itabuna, no sul do estado, com sinais avançados de desnutrição. A criança da etnia Warao vivia em uma escola, no bairro Mangabinha, que serve de abrigo temporário para imigrantes mantido pela prefeitura de Itabuna. O caso aconteceu na terça-feira (7).

O corpo da criança foi velado nesta quarta-feira (8) no Colégio Estadual Antonio Carlos Magalhães e levado para o Cemitério Campo Santo.

Em nota, a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) de Itabuna lamentou o ocorrido e afirmou que a pelo menos nove meses mantém a assistência humanitária no Colégio Estadual Antonio Carlos Magalhães para subsistência dos imigrantes indígenas venezuelanos.

“Há o fornecimento de todas as refeições, inclusive especial às crianças. Também oferece material de limpeza e higiene pessoal, atendimento em saúde, encaminhamento para a rede escolar e cuidados sanitários”, explicou.

Em entrevista à TV Santa Cruz, o tio da criança, Amário Matos, afirmou que a quantidade de comida fornecida pela prefeitura não é suficiente para alimentar todas as pessoas do abrigo, que conta com 11 famílias, sendo 36 crianças. “Não [recebemos] muita comida, um quilo de macarrão, um quilo de arroz, um quilo de farinha de trigo, dois quilos de tapioca e dois frangos cada um para duas semanas”, contou.

A Semps afirmou que disponibiliza ainda uma equipe técnica com assistente social e psicóloga para fazer o acompanhamento do grupo dentro do abrigo e que os profissionais já relataram terem chamado a atenção das famílias em relação a alimentação das crianças. Ainda de acordo com a secretaria, a comida é enviada para os imigrantes de acordo com os alimentos que mais estão familiarizados, por solicitação das próprias famílias.

Ainda em nota, a Semps afirmou que, apesar dos esforços para manter a ajuda humanitária no abrigo,   “por conta de sua cultura diferente, os imigrantes não têm muita preocupação com a higiene, inclusive não atendem às orientações sanitárias e ambientais em relação ao acondicionamento de lixo”. (Correio 24h)

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