O corpo miliciano Adriano da Nóbrega, morto em fevereiro de 2020 no municio baiano de Esplanada ( a 170 km de Salvador) durante um confronto com a polícia, foi exumando nesta última segunda-feira (12/7) para ser submetido à nova perícia. A ordem teria sido dada pelo Ministério Público da Bahia, segundo informações da Folha de São Paulo.
Adriano é apontado como chefe de uma milícia do Rio, que supostamente possuía ligações com a família do presidente Jair Bolsonaro, e que foi citado na investigação que apura a prática conhecida como "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro.
A exumação foi necessária para que exames de imagens, capazes de detalhar os traumatismos ósseos causados pelos disparos, possam ser realizados. Esse procedimento não teria sido realizado nos dois primeiros exames e pode ser capaz de traçar com maior precisão as trajetórias das balas.
Ainda segundo a publicação, os resultados desse novo exame serão capazes de determinar o caminho dos disparos que atingiram Adriano e comparar com os relatos dos policias que participaram da ação. Vale ressaltar que para isso, é necessário que as condições dos restos mortais de Nobrega estejam aptos para a realização do procedimento.
Segundo inquérito da Polícia Civil da Bahia concluído em agosto do ano passado, Adriano, que era ex-capitão do Bope, atirou sete vezes contra policiais militares antes de ser atingido por dois tiros durante uma tentavam prisão. Na ocasião, o corpo de Nóbrega passou por dois exames e a Secretaria de Segurança Pública baiana afirmou não haver indicações de execução ou tortura.
Uma segunda perícia feito após sua morte dizia que o atirador estaria a uma distância superior a 1,5 metro. Na ocasião, a família Bolsonaro contestou as circunstâncias da morte do miliciano e o senador deu declarações dizendo que ele havia sido assassinado na Bahia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário