quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Justiça mantém júri popular em julgamento de acusados de matar Marielle Franco

 

A Justiça do Rio de Janeiro manteve o formato de júri popular para o julgamento dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco. Nesta terça-feira (09), um recurso apresentado pelas defesas do policial militar reformado Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Vieira de Queiroz foi negado por unanimidade. Os advogados vão recorrer outra vez, agora no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“A prova oral colhida nos autos trouxe sérios e concretos indícios da participação ativa dos réus no crime. Foram inúmeros depoimentos que cabe ao júri popular analisar e decidir a procedência dos mesmos”, afirmou a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) Katya Maria de Paula Menezes Monnerat.

Durante a audiência, o advogado Bruno Castro, que presenta Ronnie Lessa, questionou as provas apresentadas pelo Ministério Público. “A acusação não há prova e nem indícios de que Ronnie Lessa estivesse dentro daquele carro. Uma testemunha, que não foi ouvida em juízo, categoricamente afirmou que a pessoa que atirou contra o carro que estava a vereadora era uma pessoa negra”, disse.

Nenhum advogado se apresentou para responder em nome de Élcio de Queiroz, contudo, a defesa já havia se pronunciado e afirmado que não há provas que liguem o suspeito à morte da vereadora. Ronnie Lessa é apontado como autor dos disparos e Élcio é acusado de ter dirigido o carro que levada o policial militar reformado.

Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro.

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