quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Caoa admite interesse e vira esperança para fábrica da Ford em Camaçari

 

Foto: Divulgação

Ele também foi pego de surpresa. Carlos Alberto de Oliveira Andrade, chairman do grupo Caoa e maior revendedor Ford do país, não esperava ver o que viu: a montadora, com 102 anos de história no país, encerrar a fabricação dos carros (leia-se Ka e Ecosport), além do Troller no Brasil. Diante do fato e da oportunidade, ficou no ar uma pergunta que tomou conta dos bastidores da indústria na semana passada. A Caoa, grupo que tentou acertar com a Ford Caminhões para assumir a finada fábrica do ABC em 2019, estaria interessado no complexo industrial de Camaçari (BA)? Continuaria com a história do Ka, por exemplo, e pagaria royalties por isso? E teria à sua disposição um time de profissionais treinados, fornecedores tecnicamente prontos e uma fábrica moderna nas mãos?

Sabemos que o governo federal procura alternativas para o caso, buscando marcas chinesas – e a Chery, parceira do grupo Caoa no país, foi contatada. A empresa é a mais forte candidata para ocupar o lugar da Ford na Bahia, devido à parceria com a Caoa – que já conhece o mercado local e os caminhos do progresso. Carlos Alberto de Oliveira Andrade interrompeu um tempo de sossego nas operações das empresas e conversou com UOL Carros sobre a chance disso tudo acontecer. “Sempre tenho interesse em novos negócios, mas é preciso analisar todo o processo porque não queremos desgastar a nossa imagem. E só iremos para frente se eu sentir muita segurança”.

Caoa disse que precisa saber o que eles (Ford) querem vender e ainda reforçou: “o governo também precisa dar condições de trabalho”. O chefe do grupo falou que tudo pode acontecer, pois considera bastante os incentivos fiscais do regime automotivo do Nordeste, prorrogado até 2025. Mas tudo, por enquanto, é uma hipótese.

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