sábado, 18 de maio de 2019

Arrependido, Lobão dispara sobre Bolsonaro: “Destrambelhado, desastrado e atrapalhado”

Foto: Divulgação
Defensor ferrenho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o cantor Lobão decepcionou cerca de 6 mil seguidores, que deixaram de acompanhar ele nas redes sociais, após declarações “bombásticas” sobre o governo.
O músico se mostrou decepcionado com o seu candidato nas eleições de 2018. “Eu tinha que optar por alguém e esse alguém foi o Bolsonaro. Mas ele mostrou que não tem a menor capacidade intelectual e emocional para poder gerir o Brasil. Isso está muito claro para mim e fico muito triste. É óbvio que o governo vai ruir”, disse o artista em entrevista ao jornal ‘Valor’.
Para o compositor, uma das figuras mais icônicas da nova direita brasileira, o governo de Bolsonaro tem prazo de validade e um dos responsáveis pela possível queda do militar será Olavo de Carvalho, escritor e uma espécie de guru do presidente. “É óbvio que o Olavo vai acabar com esse governo, porque ele é uma pessoa muito autodestrutiva. Olavo é um sociopata. Não tem empatia por ninguém. É um ególatra”, disse.
Segundo Lobão, o atual presidente é “destrambelhado, desastrado e atrapalhado”. Na sequência ele afirma que os filhos do militar potencializavam as “trapalhadas” feitas por Bolsonaro. “São chamados de os três patetas no Palácio do Planalto. E são odiados. Eles conseguiram semear ódio num Congresso que estava de braços abertos para esses caras! Era para estar navegando em céu de brigadeiro, passar a reforma da Previdência nos primeiros meses”, declarou.
O músico, que se declara antigo apoiador do ex-militar, afirma que não é só ele que está insatisfeito com o início do governo de Bolsonaro: “Se você fizer uma pesquisa de campo com os que votaram no Bolsonaro, 90% das pessoas estão decepcionadas. E não podia ser de outra maneira, porque isso está uma novela mexicana de quinta categoria, um melodrama horroroso e brega”.
Por fim, ele diz convicto que não acredita em uma melhora no governo. “Pelos traços de caráter de todas essas pessoas envolvidas não é difícil fazer uma prospecção de que não haja conciliação. […] Para se reverter uma situação tão monoliticamente enraizada, é difícil encontrar uma variante que não seja o desastre total”, finalizou.

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