sábado, 24 de março de 2018

Caravana de Lula cancela ato em Passo Fundo


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursa em comício em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul
Em nota divulgada na noite desta sexta-feira, 23, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), culpou o que chamou de “omissão do governo do Rio Grande do Sul”, comandado pelo MDB, pela violência que obrigou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a cancelar um ato público em Passo Fundo (RS). Os manifestantes esperaram Lula ainda na estrada que dava acesso à cidade munidos de correntes, chicotes, barras de ferro, paus e ovos. Muitos apoiadores do deputado Jair Bolsonaro (RJ), pré-candidato do PSL ao Planalto, usaram tratores para impedir a passagem do ex-presidente. Vários pneus foram queimados na rodovia. “Diante da violência das milícias fascistas e da omissão do governo do Rio Grande do Sul, que não conteve esta violência, a caravana do ex-presidente Lula não participou do ato público realizado na tarde desta sexta-feira, 23, na cidade de Passo Fundo, noroeste do Estado”, afirmou Gleisi, na nota. “Mesmo alertado com antecedência e oficialmente sobre a violência programada contra a caravana, o governo do Rio Grande do Sul não impediu que os grupos se formassem nem mobilizou o efetivo policial necessário para conter os agressores”. A presidente do PT disse, ainda, que o comando da Brigada Militar “simplesmente se declarou incapaz” de garantir a integridade física de Lula, da ex-presidente Dilma Rousseff, que o acompanhava, e dos integrantes da caravana, embora o governo gaúcho tivesse sido avisado com antecedência sobre as ameaças. “O país não pode conviver com a violência destes setores autoritários, que usam métodos fascistas para calar e interditar aqueles de quem discordam”, escreveu Gleisi. “E o Estado não pode se omitir perante estes atentados, que não atingem apenas o PT, mas agridem a democracia e a liberdade”.
Estadão Conteúdo

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