quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Advogado rebate nova denúncia contra ex-ministro Geddel Vieira Lima

Foto: Reprodução
O advogado de Geddel Vieira Lima, Gamil Föppel, se pronunciou após o ex-ministro ter virado réu na ação penal que o acusa de obstrução à Justiça por ter constrangido a família do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro. A decisão foi do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, que acolheu a denúncia feita pela Procuradoria da República no Distrito Federal.
Em nota oficial, Gamil Föppel, afirma que “em que pese a insanável fragilidade da denúncia formulada contra o senhor Geddel Vieira Lima, longe de significar a procedência da teratológica acusação, que nem sequer se reveste de mínima plausibilidade, serve a sua decisão de recebimento apenas para oportunizar o contraditório, possibilitando que a defesa se manifeste sobre as incabíveis e impensadas imputações feitas pelo Ministério Público, restabelecendo a verdade sobre os fatos”.
A defesa de Geddel Vieira Lima rechaça com veemência as acusações contidas na denúncia, "fruto de verdadeiro devaneio e excesso acusatório". Tão logo notificado pelo juízo da 10ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, será apresentada a peça de defesa, oportunidade que demonstrará a inocorrência de qualquer ilícito e a necessidade de rejeição da inepta e inverídica acusação.
O acolhimento da denúncia contra Geddel não significa culpa do réu, mas sim que o juiz entendeu haver indícios suficientes para a abertura de uma ação penal, durante a qual o ex-ministro será ouvido e apresentará defesa. Somente ao final do processo haverá uma sentença, da qual Geddel também poderá recorrer em segunda instância.
A denúncia
De acordo com a denúncia feita pela Procuradoria, Geddel monitorou e pressionou a mulher de Funaro, Raquel Pitta, de julho de 2016 a julho de 2017, "com a intenção de influenciar seu marido a não colaborar com as investigações". A intenção de Geddel, segundo a Procuradoria, era impedir que Funaro colaborasse em duas operações desencadeadas no DF, a Cui Bono? e a Sépsis, que apuram a existência de uma organização criminosa voltada para financiamentos a empresários, mediante pagamento de propina, com recursos da Caixa Econômica Federal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário