quarta-feira, 25 de maio de 2016

Renan defende transferência de Serra para o Planejamento


Senador licenciado e ministro de Relações Exteriores, José Serra
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem defendido nos bastidores a transferência de José Serra (PSDB) do ministério das Relações Exteriores para o Planejamento, inicialmente ocupado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR). Nas conversas que manteve com aliados na segunda-feira, 23, Renan ponderou que a ida de Serra para o núcleo de decisões econômicas amarraria mais o PSDB ao governo do presidente em exercício Michel Temer. Conforme o Estado apurou, a possibilidade de Serra no Planejamento foi debatida numa reunião na residência oficial da presidência do Senado na tarde de segunda-feira logo após a demissão de Jucá do governo. O líder do PMDB na Câmara, Eunício Oliveira (CE), e o próprio Jucá também teriam participado da conversa. A avaliação do grupo é que o governo Temer carece de quadros mais qualificados em postos-chaves. A interlocutores próximos, Renan lembrou que os secretários-executivos Tarcísio Godoy, da Fazenda, e Dyogo Oliveira, do Planejamento (e agora ministro interino da pasta), ocuparam cargos de relevância na administração Dilma Rousseff (PT). “Eles são do governo das pedaladas”, teria dito Renan, segundo uma fonte. Oliveira foi secretário-executivo do ex-ministro Nelson Barbosa. Já Godoy trabalhou na Secretaria do Tesouro, sob o comando de Arno Augustin. O presidente do Senado também tem comentado com colegas que as medidas apresentadas pela equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foram originalmente gestadas dentro do Senado. Entre elas, a lei de responsabilidade das estatais, o projeto que muda a partilha do pré-sal, e as regras de governança para funcionamento dos fundos de pensão. As três constaram no documento chamado Agenda Brasil, apresentado por Renan no ano passado. Leia mais no Estadão.
Estadão

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