ITABUNA: SINDICATO E GOVERNO VÃO DISCUTIR MODELO DE GESTÃO DO SANEAMENTO
Aumentam os protestos contra tentativa de privatização da Emasa. Prefeito nega intenção
Após diversas manifestações, atos públicos e audiência na Câmara de
Vereadores, o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, ficou de discutir
com diretores do Sindae, na próxima quarta (2), um modelo de gestão para
a empresa municipal de saneamento, a Emasa.
Existe uma intensa mobilização na
sociedade local para impedir a privatização dos serviços, conforme
proposta por uma empresa que vem elaborando o plano municipal de
saneamento.
Durante a apresentação do resumo desse
plano, na última sexta, na FTC, o prefeito enviou uma carta na qual
descarta a opção por privatizar os serviços. Mas isso não afastou a
desconfiança pelo modelo a ser adotado, uma vez que ele pretende
realizar uma conferência na próxima sexta (4) para que as entidades
participantes possam escolher entre a privatização, a realização de
contrato de programa com a Embasa ou a manutenção da Emasa tal como
está.
Sem a certeza de que a privatização
está descartada, o Sindicato informou que não aceitará a realização da
conferência na próxima sexta, até porque não cabe ao plano de saneamento
sugerir qual modelo de gestão a ser adotado. Por sinal, durante a
audiência na Câmara de Vereadores na última terça ficou claro que a
Emasa tem viabilidade para continuar executando os serviços de água e
esgotamento no município.
Na mesma ocasião foi feita uma grave
denúncia: o plano nada mais é do que uma cópia do que foi elaborado para
o município de Rio Grande (RS). Sequer os nomes dos municípios foram
trocados. Enquanto isso, a Lei 11.445/2007 exige que a elaboração do
plano tenha ampla participação social, mas isso não aconteceu, tanto que
várias associações de moradores reclamaram.
Há duas semanas os (as) trabalhadores
(as) e diversas entidades de Itabuna promovem manifestações contra a
privatização. Na semana passada, além da audiência na Câmara, também
houve protesto na Praça Adami, mostrando os prejuízos que a sociedade
sofrerá com o repasse dos serviços para a iniciativa privada (aumento de
tarifas, queda na qualidade dos serviços e demissões). A Emasa vem
sendo alvo do interesse tanto da Odebrecht quanto da Embasa.
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