sábado, 5 de setembro de 2015

Polícia Civil da Bahia recebe curso de agentes dos Estados Unidos

Foto: Elói Corrêa | GovBa
Foto: Elói Corrêa | GovBa
Policiais baianos participam de curso com agentes de investigação dos Estados Unidos. O Curso de Investigação de Homicídio que está sendo realizado na sede da Coordenadoria de Operações Especiais (COE) da Polícia Civil, em Salvador, começou na segunda-feira, 31 e dura até a sexta-feira, 4.
A realização do curso na capital baiana é resultado de parceria do governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com a Embaixada Norte-Americana. Ao todo, 48 policiais baianos, sendo 28 delegados ou investigadores, três peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e 17 policiais civis de outros estados brasileiros participam da ação.
Uma das premissas do curso é que para elucidar um crime de forma rápida e eficiente é fundamental que a área onde o delito ocorreu seja preservada ao máximo. De acordo com o coordenador de Gestão e Integração da Ação Policial da COE, delegado Evilásio Bastos Filho, a Polícia Civil da Bahia já realiza o isolamento da área, mas frisou que, para a polícia norte-americana, este é um ponto crucial para o início das etapas investigativas. “A própria população dos Estados Unidos já tem isso internalizado. As forças policiais quando chegam já têm isso internalizado. De que o local do crime tem que ser preservado a todo custo, até que a perícia possa liberar aquele espaço para os demais trabalhos”.
Sob a coordenação do comandante do setor de homicídios do Departamento de Polícia de Miami (Miami Department Police-MPD) Carlos Castellano, o curso inclui disciplinas como Comunicação entre os Investigadores, Documentação de Evidências (Provas), Localização de Vestígios e a consequente captura do autor do crime. Nesta quarta-feira, 2, foi realizada uma atividade prática no COE com a simulação do assassinato de um dono de bar. Para tanto, uma área foi preparada. Parte dos alunos atuou como figurante na ação e os demais, que não tiveram contato prévio com o local, foram acionados para iniciar a investigação. Um conjunto de vestígios foi espalhado de forma oculta e aleatória pelo local e os participantes tiveram que coletar as primeiras provas.
Na opinião de Castellano, o contato com policiais civis brasileiros também chamou a atenção em alguns aspectos, entre eles, o fato de em toda cena de crime ter a presença de um delegado, que é o responsável por elaborar o laudo cadavérico. “Viemos com a mente aberta para absorver informações que possamos usar em nossos casos. É um intercâmbio de várias formas”, disse Castellano a asssessoria do governo.

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