sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Brasil tem o pior saldo na geração de emprego em seis anos

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho, mostram que o número de trabalhadores admitidos em janeiro foi menor do que o total de demissões. No primeiro mês do ano ocorreram 1.600.94 admissões contra 1.681.868 desligamentos. O saldo negativo, de 81.774 postos de trabalho, foi o pior resultado desde 2009, quando o país iniciou o ano com déficit de 101.7 mil postos formais de trabalho. Segundo o Caged, o comércio varejista teve redução de 97.887 postos de trabalho (queda de 1,25%) na comparação com o levantamento de janeiro do ano passado. Já o comércio atacadista manteve-se estável, com saldo de 87 postos de trabalho. Na área de serviços, houve perdas no setor de alimentação (bares, hotéis e restaurantes) e no de hospedagem. No geral, o setor de serviços teve queda na criação de empregos formais de 7.141 postos, redução de 0,04% no número de admissões. Já a agricultura teve resultado positivo, com saldo de 9.428 postos de trabalho. As regiões Sudeste (-69.911 postos), Nordeste (-32.011 postos) e Norte (- 10.748 postos) tiveram mais demissões do que admissões em janeiro. Já as regiões Sul (+29.688 postos) e Cento-Oeste (+1.208 posto) contrataram mais trabalhadores com carteira assinada do que demitiram. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que o dado negativo deve-se a fatores sazonais. “Os setores que tradicionalmente fazem demissões nesse período, por questões como o fim do período de férias, foram os que mais perderam vagas”, afirmou. (JB)

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