O
Comando da Polícia Militar informou nesse domingo (31) que excluiu os quatro
policiais militares suspeitos de terem praticado crime de violência sexual contra
duas mulheres e uma adolescente na comunidade do Jacarezinho na madrugada do
dia 5 de agosto.
Os
soldados Gabriel Machado Mantuano, Renato Ferreira Leite, Anderson Farias da
Silva e Wellington de Cássio Costa Fonseca, são lotados na 2ª Unidade de Polícia
Pacificadora do Méier. "A conduta grave desses policiais militares, em
desacordo com os ensinamentos recebidos durante a formação, atentou contra o
sentimento de dever e decoro da classe.
A ocorrência deste crime, por
agentes garantidores da lei, é inadmissível", diz a nota da corporação.Três
dos agentes que tiveram a expulsão anunciada neste domingo foram denunciados
pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pelo estupro de três
moradoras do Jacarezinho.
Gabriel
Machado Mantuano, Anderson Farias da Silva e Renato Ferreira Leite foram presos
em flagrante suspeitos do crime no dia seguinte. O promotor Paulo Roberto
Mello Cunha Júnior, da 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria da Justiça
Militar, encaminhou a denúncia ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) na
sexta-feira (15). No documento, o promotor defende que, por demonstrarem
comportamento violento e personalidade distorcida, os PMs representam evidente
risco à ordem pública. Dias depois do crime, o secretário de Segurança Pública,
José Mariano Beltrame, afirmou, por meio de nota, que tem acompanhado de perto
o desenrolar das investigações que apuram o estupro ocorrido no Jacarezinho. Os
policiais militares, apontados pela polícia como autores do crime, já estão
presos e o secretário vai solicitar expulsão sumária dos autores.
Na
nota, o secretário pede desculpas às vítimas e aos familiares e afirma que as
circunstâncias das denúncias contra agentes só "agravam o que já é muito
grave". "Infelizmente, a polícia não está imune de admitir em seus
quadros pessoas que vão trair a missão de servir e proteger", disse o
secretário.
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