segunda-feira, 1 de setembro de 2014

PM DO RJ EXPULSA POLICIAIS SUSPEITOS DE ESTUPROS EM UPP

O Comando da Polícia Militar informou nesse domingo (31) que excluiu os quatro policiais militares suspeitos de terem praticado crime de violência sexual contra duas mulheres e uma adolescente na comunidade do Jacarezinho na madrugada do dia 5 de agosto.
Os soldados Gabriel Machado Mantuano, Renato Ferreira Leite, Anderson Farias da Silva e Wellington de Cássio Costa Fonseca, são lotados na 2ª Unidade de Polícia Pacificadora do Méier. "A conduta grave desses policiais militares, em desacordo com os ensinamentos recebidos durante a formação, atentou contra o sentimento de dever e decoro da classe.
A ocorrência deste crime, por agentes garantidores da lei, é inadmissível", diz a nota da corporação.Três dos agentes que tiveram a expulsão anunciada neste domingo foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pelo estupro de três moradoras do Jacarezinho.
Gabriel Machado Mantuano, Anderson Farias da Silva e Renato Ferreira Leite foram presos em flagrante suspeitos do crime no dia seguinte. O promotor Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, da 2ª Promotoria de Justiça junto à Auditoria da Justiça Militar, encaminhou a denúncia ao Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) na sexta-feira (15). No documento, o promotor defende que, por demonstrarem comportamento violento e personalidade distorcida, os PMs representam evidente risco à ordem pública. Dias depois do crime, o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou, por meio de nota, que tem acompanhado de perto o desenrolar das investigações que apuram o estupro ocorrido no Jacarezinho. Os policiais militares, apontados pela polícia como autores do crime, já estão presos e o secretário vai solicitar expulsão sumária dos autores.

Na nota, o secretário pede desculpas às vítimas e aos familiares e afirma que as circunstâncias das denúncias contra agentes só "agravam o que já é muito grave". "Infelizmente, a polícia não está imune de admitir em seus quadros pessoas que vão trair a missão de servir e proteger", disse o secretário.

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