Documentos
classificados como ultrassecretos, que fazem parte de uma apresentação interna
da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos,
obtidos com exclusividade pelo Fantástico, mostram a presidente Dilma Roussef,
e o que seriam seus principais assessores, como alvo direto de espionagem da
NSA. Um código indica isso.
O jornalista Glenn
Greenwald, coautor desta reportagem, foi quem recebeu os papéis das mãos de
Edward Snowden - o ex-analista da NSA que deixou os EUA com documentos da
agência com a intenção de divulgar o sistema de espionagem americano no mundo.
Neste domingo (1º), o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se reuniu com a presidente Dilma
Rousseff para discutir a reação as novas revelações de espionagem do governo
americano.
O governo brasileiro
decidiu tomar três medidas: o Ministério das Relações Exteriores vai chamar o
embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, para que ele dê novos
esclarecimentos, vai cobrar explicações formais do governo dos Estados Unidos e
vai ainda recorrer aos órgãos internacionais, como a ONU, para discutir a
violação de direitos de autoridades e cidadãos brasileiros.
“Se forem comprovados
esses fatos, nós estamos diante de uma situação que é inadmissível,
inaceitável, por que eles qualificam uma clara violência à soberania do nosso
país. O Brasil cumpre fielmente com suas obrigações e gostaria que todos os
seus parceiros também as cumprissem e respeitassem aquilo que é muito caro para
um país que é a sua soberania”, disse Cardozo.
O ministro esteve na
semana passada nos Estados Unidos, onde se reuniu com o vice-presidente, Joe
Biden. Ele levou a proposta de que as comunicações só sejam acessadas com
autorização da Justiça e no caso de investigações criminais. A proposta não foi
aceita. Procuradas, as
embaixadas dos Estados Unidos e do México não se manifestaram. Do G1.com

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