Apontado como chefe
do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal, o ex-ministro da Casa Civil José
Dirceu quer uma "carona" no voto desta quarta-feira (21) do ministro
Ricardo Lewandowski para reduzir sua pena de 10 anos e 10 meses pelos crimes de
formação de quadrilha e corrupção ativa.
Em documento enviado
ao tribunal, os advogados de Dirceu argumentam que o crime de corrupção teria
ocorrido antes da mudança na legislação, em dezembro de 2003. Com a alteração,
promovida pelo Congresso, a pena foi aumentada.
Na sessão de hoje, o
tribunal retomará o julgamento dos recursos dos 25 condenados a começar pelo
caso de Bispo Rodrigues (PL-RJ). A previsão para a sessão de hoje é de que a
Corte ainda julgue os recursos de dois personagens centrais no esquema: do
operador, Marcos Valério Fernandes de Souza, e do ex-tesoureiro do PT Delúbio
Soares.
Ao contrário dos
demais ministros e do próprio voto proferido no ano passado, Lewandowski
insistirá hoje que Bispo Rodrigues vendeu apoio político ao PT antes da mudança
na lei que pune o crime de corrupção.
O memorial enviado
pelos advogados de Dirceu reforça a tese encampada por Lewandowski e que foi
alvo de ataques do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, na sessão da semana
passada, interrompida por bate-boca entre os dois ministros.

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