Acompanhada do
senador Pedro Simon (PMDB-RS) e dos deputados federais Walter Feldman (PSBD-SP)
e Domingos Dutra (PT-MA), a ex-senadora Marina Silva deu entrada nesta
segunda-feira, 26, ao pedido de registro de seu novo partido - a Rede
Sustentabilidade - junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de não
ter ainda as 492 mil assinaturas necessárias para dar início ao processo, foi
apresentado um protocolo com 304 mil assinaturas validadas nos Tribunais
Regionais Eleitorais, enquanto as demais assinaturas aguardam pela certificação
dos órgãos da Justiça eleitoral locais.
Ao total, a Rede
coletou 850 mil fichas de apoio, mas descartou 200 mil assinaturas e ainda
assim, teve 96.356 assinaturas invalidadas pela Justiça Eleitoral dos Estados,
sendo que em relação a 73 mil não foi apresentado motivo para rejeição. Entre
as fichas de apoio rejeitadas estava a do senador Pedro Taques (PDT-MT), que
teve sua assinatura invalidada. "Nós compreendemos até o problema da falta
de estrutura, mas não concordamos que tenhamos de pagar o preço, depois desse
trabalho que tivemos no País inteiro", disse Marina.
Segundo a
ex-senadora, apesar da lei exigir registro do novo partido em nove Estados, a
Rede já teria número suficiente em 24 unidades da Federação. Até agora, no
entanto, somente o Rio Grande do Sul conseguiu formalizar a criação de um
diretório estadual. Marina disse acreditar no trabalho da Justiça Eleitoral,
que tem o prazo de aproximadamente um mês para conceder o registro à Rede e
assim permitir que o partido dispute as eleições de 2014. "Nós confiamos
na Justiça", afirmou a ex-senadora.
Marina agradeceu ao
apoio de 12 mil pessoas que se mobilizaram na coleta de assinaturas e fez
referência ao senador Pedro Simon, por ajudá-la no debate contra o projeto que
tenta restringir a criação de novos partidos. Ela disse ter dúvidas de que o
Senado coloque a proposta em votação "só para prejudicar uma força
política que tem o direito de se viabilizar". Perguntada sobre a pesquisa
de intenção de voto para a corrida presidencial, Marina disse que os
levantamentos são apenas "um retrato do momento". "Não devemos
tomar isso como definitivo", observou.
Ao final da entrega
dos malotes contendo certidões, protocolos e processos encaminhados aos
Tribunais Regionais Eleitorais, Marina disse que a Rede está sendo formada de
uma forma distinta de outras siglas, que normalmente são criadas a partir de
fusões. "Nós fomos pelo caminho mais difícil, mas que é o mais
gratificante, que é conversar com cada pessoa", finalizou.
DAIENE CARDOSO - Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário