terça-feira, 10 de julho de 2018

Lula diz que, caso fosse solto, "nem sairia de Curitiba"

Foto: Reprodução
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em encontro com seus advogados, disse, nesta segunda-feira (9), que não deixaria a capital paranaense caso tivesse sido solto no domingo (8). “Para onde Lula iria correr? É uma pessoa conhecida, sabe de suas responsabilidades. Ele me disse claramente: "Eu nem sairia de Curitiba, ficaria esperando o que decidiriam a meu respeito, porque sabia que isso não iria longe”, declarou o ex-ministro da Justiça e advogado, Eugênio Aragão. 
Cinco advogados estiveram na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Além de Aragão, os criminalistas Cristiano Zanin e Luiz Carlos da Rocha, o advogado eleitoral Luiz Fernando Casagrande Pereira, e o constitucionalista Manoel Caetano, também visitaram o ex-presidente. Segundo um dos advogados do petista, ele se manteve sereno, mesmo diante da negativa da soltura.
Mesmo que fosse revertida no dia seguinte, os advogados Aragão e Zanin argumentaram que a decisão do desembargador federal Rogério Favreto concedendo a liberdade ao ex-presidente deveria ter sido cumprida. Conforme Aragão, as regras processuais de competência e jurisdição foram “subvertidas” com as decisões posteriores a da soltura. “O tema levado pelo habeas corpus era o direito de o Lula poder fazer campanha como pré-candidato à Presidência. Esse tema nunca foi levado à Justiça. Foi com base nisso que ele (Favreto) decidiu”, declarou Aragão. 
Ele também afirmou que a liminar só poderia ser revertida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) ou por tribunais superiores, mas apenas após o término do plantão de Favreto. Segundo Zanin, a defesa criminal do ex-presidente está estudando a possibilidade de complementar os recursos judiciais já nos tribunais superiores com os fatos ocorridos neste domingo “A defesa técnica sempre chamou atenção para o fato de que o ex-presidente não estava tendo acesso a um julgamento justo e imparcial.”

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